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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Terapia: uma ajuda na dieta


Responda rapidamente: você conhece alguém que, em um momento de tristeza ou ansiedade, come uma barra de chocolate inteira ou devora a travessa de lasanha em poucos minutos? Essa é uma reação infelizmente comum quando não conseguimos lidar muito bem com as nossas emoções.

 

Para ajudar a mudar essa forma de agir, surgiu uma novidade que pode ajudar na luta contra o excesso de peso: a Terapia da Aceitação e Compro misso (do inglês Acceptance and Commitment Therapy – ACT). Interessado(a)?Então, conheça mais detalhes sobre esse tratamento a seguir.

O que é a terapia?



Trata-se de uma técnica desenvolvida por Steven C. Hayes e pertence à psicologia cognitivo-comportamental. Segundo Hayes, ao entrar em contato com nossos sentimentos, é preciso aceita-los e, portanto, tomar uma atitude concreta em relação a esse fato. A aceitação é um passo importante e significativo em prol de mudanças positivas.

 

“O objetivo dessa terapia – realizada por meio de sessões individuais – é incentivar a pessoa a lidar com as situações como elas realmente são, em vez de interpretá-las. Isso porque, geralmente, nossas leituras particulares podem acabar levando a atitudes autodestrutivas, como comer o bolo de chocolate inteirinho apenas porque tivemos um dia difícil”, exemplifica a psicóloga Vânia Calazans, da ELO Clínica de Saúde.

 

Um exemplo prático


 

Uma garota fica triste porque seu namorado não quis acompanhá-la a uma festa, alegando que estava cansado – esse é o fato. Porém, ela interpreta essa atitude de outra forma e conclui que ele já não está mais apaixonado. Resultado: ela fica em casa, frustrada e triste, e devora uma caixa de bombons. Com isso, o ponteiro da balança vai lá pra cima, o que a deixa ainda mais deprimida e insegura.

 

“A terapia age justamente nessa questão, ajudando a paciente a avaliar até que ponto a sua interpretação é verdadeira e levando-a a enxergar o fato como ele realmente é”, conta Vânia. Por meio desse processo, ela aprende a conhecer e aceitar melhor as situações que lhe trazem tristeza, em vez de evitar entrar em contato com a realidade e descontar toda a sua tensão na comida.

 

“Depois de compreender os motivos que a fazem sofrer, a pessoa parte em busca de soluções para quebrar esse ciclo e ser mais feliz e segura. Como consequência, passa a se alimentar de forma mais equilibrada, sem cometer excessos, e emagrece”, conclui a psicóloga.


É preciso vestir a camisa



O objetivo do programa é fazer com que o paciente se comprometa a seguir a dieta, por mais difícil que seja. Para que ele se envolva no tratamento, são propostas algumas tarefas práticas, tais como:

 

– Anote os pensamentos negativistas e autodestrutivos, por exemplo: “Nunca vou conseguir emagrecer”. Em seguida, ao lado de cada um, registrar situações que contradigam essa afirmação, como “Quando decidi que queria uma promoção no trabalho, eu me esforcei até conseguir”. Assim, o paciente percebe que é capaz de alcançar o que deseja e, se de fato quiser emagrecer, vai conseguir. 

– Procure registrar as vantagens e as desvantagens de emagrecer e compará-las.


– Mantenha sempre à mão os “cartões de enfrentamento”, bilhetinhos que reforcem o porquê de fazer dieta e a importância desse esforço para a sua autoestima. São recursos que ajudam a raciocinar: “Se eu comer este doce, terei uma satisfação momentânea, mas vou colocar em risco meu plano de emagrecimento. Portanto, vou resistir”.

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